Educação sanitária no Estado de São Paulo, Brasil: concepções difundidas entre 1917 e 1967

Autori

  • Maria Cristina da Costa Marques Maria Cristina
  • DANILO FERNANDES BRASILEIRO
  • João Oliveira João Gusmão

DOI:

https://doi.org/10.5944/hme.15.2022.30599

Parole chiave:

Historia, Salud pública, Educación sanitaria, Eugenesia, Biopolítica

Abstract

O período de 1917 a 1967 foi peculiar na história da saúde pública paulista, no Brasil, sobretudo na implementação e consolidação de medidas voltadas à intervenção individual e coletiva, sustentadas por um conjunto de normas, apoiadas por regras higiênicas de mudança de hábitos de vida, viabilizadas através de inúmeras estratégias de educação sanitária. Pretende-se com o presente estudo, identificar as concepções de educação sanitária que sustentaram a prática de educação sanitária entre os anos de 1917 e 1967, no Estado de São Paulo. Trata-se, portanto, de uma revisão de escopo da literatura científica, que com buscas em bases de dados digitais, selecionou previamente 214 artigos, que submetidos a análise mais apurada, permitiu incluir 14 artigos no corpus documental do estudo. Dos 14 artigos selecionados, a maior parte deles produzidas por pesquisadores paulistas, com intervalo temporal de 1936 desde a publicação do primeiro, até 2018, quando se publicou o último artigo. Encontrou-se duas categorias de análise que refletiram as concepções que sustentaram a prática da educação sanitária no Estado de São Paulo: (1) Educação Sanitária como Expressão da Biopolítica e (2) Educação Sanitária como Expressão da Eugenia. Concluiu, portanto, que o Estado de São Paulo, utilizou da educação sanitária como aliado para atingir seus objetivos de construção de um projeto de modernidade, sendo a eugenia e biopolítica as expressões mais contumazes desse processo. 

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Pubblicato

2021-12-20

Come citare

Maria Cristina, M. C. da C. M., BRASILEIRO, D. F., & João Gusmão, J. O. (2021). Educação sanitária no Estado de São Paulo, Brasil: concepções difundidas entre 1917 e 1967. Historia y Memoria de la Educación, (15), 203–228. https://doi.org/10.5944/hme.15.2022.30599

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