Ensaio como escrita acadêmica e a produção de projetos e pesquisas
DOI :
https://doi.org/10.5944/hme.11.2020.23301Mots-clés :
Escrita acadêmica, Ensaio, Leitura, Ensino, PesquisaOrganismes :
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.Résumé
Este artigo propõe pensar a escrita acadêmica a partir de experiências com orientações de pesquisas em um curso de formação de professores/as em artes visuais, do estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. Deste modo, busca-se compartilhar algumas inquietações produzidas em meio aos processos de escrita de projetos de ensino e pesquisa e trabalhos finais de graduação. Escolheu-se para compor as questões teóricas o entrecruzamento de alguns estudos a partir do que propõe Pereira sobre os usos das palavras, enquanto uma arena política, uma arma e um efeito de negociação; os apavoramentos produzidos diante de uma forma hegemônica de escrever na academia, pontuados por Silva; a proposta do ensaio como escrita e a experiência junto de Larrosa, bem como a noção de texto-leitura apontada por Barthes que se pauta no que o leitor produz de sentidos ao ler um texto. Como método, pensou-se em possíveis experimentações de uma escrita-ensaio, que perpassam modos outros de escrever, apostando na literatura e na arte como variações para a escrita acadêmica. Nesse sentido, concluímos que o contributo de uma pesquisa no campo da educação das artes visuais não necessita propor uma transformação nos espaços da pesquisa, ou nos colaboradores, mas que ela possa produzir efeitos no pesquisador/pesquisadora, ao produzir sentidos para ele/ela. Propomos que os espaços acadêmicos possam acolher outras formas de escrita que se organizem de modos diferentes, seja em relação ao seu formato ou quanto ao uso das imagens como tensionadoras do texto, produzindo conhecimento e problematizando o campo da pesquisa e da educação.
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