As lágrimas de Maria Madalena: mar de amor e dor
DOI:
https://doi.org/10.5944/rei.vol.5.2017.18790Palabras clave:
Século XVII, Maria Madalena, epopeias religiosas, Soror Maria de Mesquita Pimentel, literatura conventual feminina, Memorial dos Milagres de CristoAgencias Financiadoras:
CITCEM, Universidade do Porto, CAPES, BrasilResumen
O presente trabalho apresenta uma leitura do canto X do Memorial dos Milagres de Cristo, poema épico do século XVII escrito pela religiosa cisterciense Soror Maria de Mesquita Pimentel. Pretende-se, com esta análise, demonstrar como alguns dos processos retórico-poéticos mobilizados pela autora no referido canto – cujo núcleo narrativo é a conversão de Maria Madalena – em articulação com os afetos que suscita, assumem uma função retórica de persuasão que apela ao pathos do leitor no sentido de chamar sua atenção para o comportamento penitente de Maria Madalena enquanto modelo a ser seguido por todos os crentes, especialmente pela mulher cristã, que deveria libertar-se dos laços mundanos para converter-se em um modelo exemplar de santidade em consonância com as coordenadas propostas pelo Concílio de Trento.