El Estado Novo portugués y el miedo al «No Imperio»: algunas razones inmateriales de la resistencia a la descolonización (1945-1977)
DOI:
https://doi.org/10.5944/etfv.30.2018.18965Palabras clave:
Portugal, Imperio Portugués, Estado Novo, Guerra Colonial, Descolonización, Comunismo, Independencia Nacional, Iberismo, Integración Europea, Portuguese Empire, Colonial War, Decolonization, Communism, National independence, Iberism, European Integration.Agencias Financiadoras:
Instituto de História Contemporânea – NOVAResumen
Es de sobra conocido que la dictadura portuguesa resistió tenazmente a la descolonización hasta el fin de sus días, allá por abril de 1974. Desde 1961 lo hizo además empuñando el fusil; y entonces la simbiosis entre el Régimen y su guerra colonial adquirió tal envergadura que una cosa difícilmente lograría sobrevivir sin la otra. Sin mejor solución que continuar, el futuro de ambos estaba sentenciado, a plazo. Ya se sabe, más difícil que iniciar un conflicto es siempre salir de él. Por supuesto, eso no quiere decir que la decisión de embarcarse en uno y mantenerlo sea cosa sencilla. Sobre las razones del Gobierno portugués han corrido ríos de tinta. Son múltiples. Pero ¿qué hay de los razonamientos que, cuan dogmas de fe, entendían comprometida la mismísima patria y su destino si las colonias se perdían?. A ese tipo de justificaciones dedicaremos este texto, pues, la posibilidad del «No Imperio» para muchos amenazaba de modo fatal la independencia nacional por varias vías. ¿Cuánto pesó esa cosmovisión en la decisión de resistir y cuánto contribuyó para dificultar la corrección política que sacase al país de la contienda? No sabremos cuantificar lo imponderable, aunque bien merece una reflexión.
It is well known that the Portuguese dictatorship resisted decolonization until the end of its days, in April 1974. Since 1961 it did so with arms. The symbiosis between the perpetuation of the regime and the colonial war was such that one could hardly have survived without the other. Still, without a better solution, the future of both was sentenced. More difficult than starting a conflict is always to get out of it, which does not mean that the decision to embark on one and to keep it is simple. The reasons supporting the Portuguese government’s decision have been overly studied and are multiple. But what about the arguments that, as dogmas of faith, compromised the historical continuity of the homeland and its unity of destiny without the colonies? This text will focus on those arguments, since for many people the possibility of the «No Empire» hypothesis seriously threatened national identity and the countryʼs independence. To what extent did this vision of reality influenced the decision to resist and to hamper the political correction that would end the war? We donʼt know how to quantify the imponderable, but it deserves a reflection.
Descargas
Citas
DIÁRIO DA REPÚBLICA ELETRÓNICO.
DEBATES PARLAMENTARES DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA – ANUÁRIOS DO IMPÉRIO COLONIAL PORTUGUÊS.
ALLEN, Grahame: UK – Commonwealth trade statistics. Library House of Commons – Economic Policy and Statistics Section – SNEP 6497 (6 December 2012).
---------------------
BARBOSA, Daniel: Novos Rumos da Política Económica. Lisboa, [s.d.], 1966.
CAETANO, Marcello: «Portugal é de todos nós. Nós todos somos Portugal». [Lisboa], Secretaria de Estado de Informação e Turismo, 1970.
CAETANO, Marcello: Mandato Indeclinável. Lisboa, Verbo, 1970.
CAMPOS, Augusto de: «A tradição colonial e política do Império». En: Alta Cultura Colonial. Discurso inaugural e Conferências. Lisboa, Agência Geral das Colónias – Divisão de Publicações e Biblioteca, 1936.
LEAL, Francisco Pinto da Cunha: As minhas razões e as dos outros. Ecos de uma campanha eleitoral. Lisboa, [Edição do Autor], 1957.
MELLO, Manuel José Homen de: Portugal, o Ultramar e o Futuro. Oportunidade de um debate. Lisboa, [Edição do Autor] 1962.
NOGUEIRA, Alberto Franco: Um político confessa-se (Diário: 1960-1968). Porto, Editora Civilização, 1986.
«Portugal pode viver sem as Colónias?». Cadernos Pontos de Vista nº 3 (Setembro de 1974).
SALAZAR, António de Oliveira: Discursos e Notas Políticas (Vol. IV). Coimbra, Coimbra Editora, 1946-1959.
---------------------
ALÍPIO, Elsa Santos: «O Processo negocial da adesão de Portugal à EFTA (1956-1960)». Ler História, n.º 42 (2002), págs. 29-59.
ANTUNES, José Freire: Kennedy e Salazar: o Leão e a Raposa. Lisboa, Difusão Cultural, 1991.
BRITO, José Maria Brandão de: «Sobres as ideias económicas de Salazar». En: ROSAS, Fernando y BRITO, Jose Maria Brandão de: Salazar e o Salazarismo. Lisboa, Dom Quixote, 1989, págs. 33-57.
CASTELO, Claudia Orvalho: Passagens para a África Portuguesa: O povoamento de Angola e Moçambique com naturais da Metrópole (1920-1974). Porto, Edições Afrontamento, 2007.
CLARENCE-SMITH, Gervase: O Terceiro Império Português (1825-1975). Lisboa, Teorema, 1990.
CUETO-RODRÍGUEZ, Adolfo: «La nación pluricontinental. La entelequia colonial del Estado Novo (1930-1974)». Espacio, Tiempo y Forma, Serie V, Historia Contemporánea, t. 25 (2013), págs. 111-131.
CUETO-RODRÍGUEZ, Adolfo: «Doctrina y propaganda bélica en Portugal durante los primeros años de la Guerra Fría (1945-1950)». En: GÓMEZ OCHOA, Fidel A.; GOÑI PÉREZ, José Manuel y MACÍAS FERNANDEZ, Daniel (eds.): La Guerra: Retórica y Propaganda, 1860-1970. Madrid, Biblioteca Nueva de Madrid, 2015, págs. 235-254.
CUNHA, Luís: A Nação nas Malhas da sua Identidade. O Estado Novo e a construção da Identidade Nacional. Porto, Afrontamento, 2001.
FERREIRA, Eduardo de Sousa: Portugal e o Neocolonialismo. Lisboa, Sá da Costa Editora, 1975.
FONSECA, Ana Mónica: A Força das Armas: o Apoio da República Federal da Alemanha ao Estado Novo (1958-1968). Lisboa, ID-MNE, 2007.
GONZÁLEZ, Ángeles: «El imposible mercado común ibérico: la tecnocracia peninsular ante el desafío europeo (1968-1974)». Ayer nº 94 (2014), págs. 229-253.
JIMENEZ REDONDO, Juan Carlos: El ocaso de la amistad entre las dictaduras ibéricas 1955-1968. Mérida, UNED, 1996.
MOREIRA, Adriano: «Fronteiras: Do Império à União Europeia». In: BRITO, José Maria Brandão de (Coord.): Revolução e Democracia (Vol. 1). Do Marcelismo ao Fim do Império. Lisboa, Notícias, 2004, págs. 269-289.
MOREIRA, Adriano: Comentários. Lisboa, AICP, 1989.
OLIVEIRA, César: Cem anos nas relações luso-espanholas: Política e Economia. Lisboa, Edições Cosmos, 1995.
OLIVEIRA, Pedro Aires: Armindo Monteiro: uma biografia política (1896-1955). Venda Nova, Bertrand, 2000.
PINTO, António Costa: O fim do império português: a cena internacional, a guerra colonial, e a descolonização, 1961-1975. Lisboa, Livros Horizonte, 2001.
RODRÍGUEZ-PUÉRTOLAS, Julio. Historia de la literatura fascista española. Madrid, Ediciones Akal, 2008.
ROLLO, Maria Fernanda: «Salazar e a construção europeia». Penélope nº 18 (1998), págs. 51-76.
ROLLO, Maria Fernanda: O Plano Marshall e a economia portuguesa dos anos 50. Lisboa, ID-MNE, 2007.
ROS AGUDO, Manuel: La gran tentación: Franco, el Imperio Colonial y el proyecto de intervención española en la Segunda Guerra Mundial. Barcelona, Styria, 2008.
SARDICA, José Miguel: Ibéria. A Relação entre Portugal e Espanha no Século XX. Lisboa, Altheia, 2013.
TELO, António José: «As guerras de África e a mudança nos apoios internacionais de Portugal». Revista de História das Ideias, vol. 16 (1994), págs. 347-369.
TELO, António José: «As Relações Internacionais da Transição». En: BRITO, José Maria Brandão de (Coord.): Revolução e Democracia (Vol. 1). Do Marcelismo ao Fim do Império. Lisboa, Notícias, 2004, págs. 225-267.
TELO, António José: «Portugal e a NATO. Dos Pirineus a Angola». Análise Social, vol. XXX- 134 (2005), págs. 947-973.
TELO, António José: Economia e Império no Portugal contemporâneo. Lisboa, Cosmos, 1994.
TÍSCAR SANTIAGO, María José: Diplomacia Peninsular e Operações Secretas na Guerra Colonial. Lisboa, Edições Colibri, 2013.
TORGAL, Luís Reis: «Muitas raças, uma Nação ou o mito de Portugal multirracial na «Europa» do Estado Novo». Estudos do Século XX, nº 2 (2002), págs. 147-165.
TORRE GÓMEZ, Hipólito de la: Do «Perigo Espanhol» à Amizade Peninsular: Portugal-Espanha, 1919-1930. Lisboa, Estampa, 1985.
TORRE GÓMEZ, Hipólito de la: El imperio del Rey: Alfonso XIII, Portugal y los ingleses (1907-1916). Mérida, Junta de Extremadura, 2002.
TORRE GÓMEZ, Hipólito de la: Portugal en el exterior (1807-1974). Intereses y política internacionales. Madrid, UNED, 2006.
TORRE GÓMEZ, Hipólito de la: «Pacto colonial e industrialização de Angola (anos 60-70)». Análi-se Social, vol. XIX (77, 78, 79) (1983), págs. 1101-1119.