A partilha do sensível em lugares liminares: visibilidades e invisibilidades da memoria

Autores/as

  • Maria Dulce Simões Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.5944/endoxa.44.2019.24356

Palabras clave:

antropologia, história, fronteira hispano-portuguesa, usos políticos da memória, guerra civil de Espanha (1936-1939), ditaduras ibéricas

Agencias Financiadoras:

Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)

Resumen

Na fronteira hispano-portuguesa, a criação de lugares e atividades culturais dedicadas ao poeta Miguel Hernández configura uma «comunidade de partilha» (Rancière, 2005), que envolveu a produção de um público definido pela perceção e nomeação de injustiças atrozes, a que o poeta serve de interlocutor. As palavras do poeta trazem à experiência sensível vozes e testemunhos da repressão franquista, até então não reconhecidos na comunidade. Neste texto interrogo as formas de consenso e de dissenso expressas em processos de subjetivação política, do que significa ser interlocutor num mundo comum, considerando que o poder da exemplaridade política alcançada pelas práticas artísticas, em detrimento das narrativas da experiência e dos discursos históricos em geral, parecem indicar que é no terreno estético que prossegue uma batalha, anteriormente centrada nas ilusões e desilusões da história.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Maria Dulce Simões, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

PHD Antropologia, investigadora contratada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Citas

ACOSTA BONO, G.; DEL RÍO SÁNCHEZ, Á.; VALCUENTE DEL RÍO, J. M. (coord.) (2007). La recuperación de la memoria histórica. Una perspectiva transversal desde las ciencias sociales, Sevilla: Centro de Estudios Andaluces.

AGUILAR FERNÁNDEZ, P. (2008). Políticas de la memoria, memorias de la política. Madrid: Alianza.

ARÓSTEGUI, J. e GÁLVEZ, S. (coord.) (2010). Generaciones y memoria de la represión franquista. Un balance de los movimientos por la memoria. Valencia: Universidad de Valencia.

BLOCH, E. (2005). O Princípio da Esperança, vol.1, Rio de Janeiro: Contraponto/Ed. UERJ.

CASANOVA, J. (2015). “O castigo no(s) pós-guerra(s)”. In: Loff, Manuel; Piedade, Filipe; Soutelo, Luciana (coord.). Ditaduras e Revolução. Democracia e Politicas da Memória. Coimbra: Almedina, pp. 291-305.

- (2004). “Una dictadura de cuarenta años”. In Casanova, Julián; Espinosa, Francisco; Mir Conxita; Moreno Gómez, Francisco. Morir, Matar, Sobrevivir; la Violencia en la Dictadura de Franco. Barcelona: Crítica, pp. 3-50.

COBO ROMERO, F. (2004). Revolución campesina y contrarrevolución franquista en Andalucía. Conflictividad social, violencia política y represión franquista en el mundo rural andaluz, 1931-1950. Granada: Universidad de Granada.

COLLIER, G. (1997). Socialistas de la Andalucía rural. Los revolucionarios ignorados de la Segunda Republica. Barcelona: Anthropos.

CONNERTON, P. (1999). Como as Sociedades Recordam, Oeiras: Celta Editora.

DIDI-HUBERMAN, G. (2012). Supervivencia de las luciérnagas, Madrid: Abada editores.

ESPINOSA MAESTRE, F. (2015). España 2001-2015. Lucha de Historias, Lucha de Memorias. Sevilla: Aconcagua Libros.

- (1996). La Guerra Civil en Huelva. Huelva: Diputación de Huelva.

GODINHO, P. (2018). “Nunca más! Nunca mais! Horror, geografias variáveis e calafrios epistemológicos” (manuscrito inédito).

- (2017). O Futuro é para Sempre. Experiência, expectativa e práticas possíveis, Lisboa: Letra Livre.

- (2014). “A violência do olvido e os usos políticos do passado”. In: Godinho, Paula (coord.) Antropologia e Performance. Agir, Atuar, Exibir, Castro Verde: 100Luz, pp: 191: 205.

- (2011). Oír o Galo cantar Dúas Veces, Ourense: Deputación Provincial de Ourense.

LOWENTHAL, D. (1998). El pasado es un país extraño, Madrid: Akal.

MENGUIANO ROMERO, M. T. e LOBO MORICHE, J. L. (2016). La represión franquista en Cortegana. Edición del autor.

MORENO GÓMEZ, F. (1999). “La represión en la posguerra”. In: Santos Juliá. (coord.). Víctimas de la guerra civil. Madrid: Temas de Hoy, pp. 275-405.

MORENO, R. (2013). Perseguidos. Sevilla: CGT-Andalucía.

NORA, P. (1986) «Entre Mémoire et Histoire». In Nora, Pierre, (dir.) (1986). Les Lieux de Mémoire - La République I. Paris: Gallimard, pp. X- XLII.

NÚÑEZ DÍAZ-BALART, M. (2009). La Gran Represión, Barcelona: Flor Del Viento Ediciones.

POLLAK, M. (1989). “Memória, Esquecimento, Silêncio”, Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 2, nº 3, pp. 3-15.

RANCIÈRE, J. (2012). O espectador emancipado. São Paulo: WMF Martins Fontes.

- (2005). A partilha do sensível: estética e política, São Paulo: Editora 34.

RODRÍGUEZ GUILLÉN, A. (2017). Bandoleros y Contrabandistas en la Sierra de la Contienda. Aproximación histórica al contrabando en Aroche, Huelva: Asociación de Mayores “Arucci Vetus” de Aroche.

XXX, D. (2018). “Exilados e refugiados na fronteira luso-espanhola do Baixo Alentejo, nos séculos XIX e XX”. O Pelourinho - Boletin de Relaciones Transfronterizas, Badajoz: Diputación de Badajoz, 22: 95-122.

- (2015). “Memórias e resistências na guerra civil de Espanha: processos de emblematização na raia luso-espanhola”. In: Godinho, P.; Fonseca, I. ; Baía, J. (coord.). Resistência e/y Memória - Perspectivas Ibero-Americanas, Lisboa: IHC/FCSH-UNL, pp. 252-262.

- (2013). Frontera y Guerra Civil Española. Dominación, resistencia y usos de la memoria, Badajoz: Diputación de Badajoz.

TRAVERSO, E. (2015). “Memórias europeias. Perspetivas emaranhadas”. In: Loff, Manuel; Piedade, Filipe e Soutelo, Luciana Castro (coord.). Ditaduras e Revolução, democracia e políticas da memória. Coimbra: Almedina, pp. 405-426.

- (2005). Le passé, modes d’emploi - histoire, mémoire, politique. Paris: La Fabrique Editions.

VIÑAS, A. e BLANCO, J. A. (2017). La Guerra Civil española, una visión bibliográfica. Madrid: Marcial Pons Historia.

VINYES, R. (2011). Asalto a la memoria. Impunidades y reconciliaciones, símbolos y éticas. Barcelona: Los libros de lince.

Descargas

Publicado

2019-12-28

Cómo citar

Simões, M. D. (2019). A partilha do sensível em lugares liminares: visibilidades e invisibilidades da memoria. ENDOXA, (44), 91–112. https://doi.org/10.5944/endoxa.44.2019.24356

Número

Sección

Memorias colectivas: políticas, usos y representaciones